Melhores de 2011: Músicas Nacionais

MELHORES DE 2011: MÚSICAS NACIONAIS

A revista especializada em música Rolling Stone elege no Brasil as melhores músicas nacionais. Polêmica e inusitada veja as 10 mais:

01 - Criolo - "Não Existe Amor em SP"

É, de longe, uma das canções mais sinceras já feitas sobre a solidão paulistana. Só por isso já mereceria ser lembrada, mas a desilusão da letra sobre as “almas vazias” que vagam pelos bares de São Paulo ainda é sustentada por uma base de trip-hop orgânico, conduzida pelo produtor Daniel Ganjaman e uma superbanda, tornando-a um novo (e bem-vindo) clássico da música brasileira.

02 - Gaby Amarantos - "Xirley"

A musa do tecnobrega dá passos em uma direção musical mais abrangente, nesta música que deverá estar em um CD previsto para este ano. “Xirley” é tão contagiante que é difícil ouvir sem deixar no repeat. A irreverência de Gaby e as batidas do estilo paraense modernizadas por elementos eletrônicos fizeram desta uma das melhores surpresas de 2011.

03 - Chico Buarque - "Essa Pequena"

Chico entra em um clima de fim de noite. Sob um acompanhamento suave, com direito a baixo acústico, o cantor e compositor exalta as qualidades da sua amada. Mas o que vale aqui é o ambiente jazzístico – Chico chega até a ensaiar um tímido scat.

04 - Wado - "Com a Ponta dos Dedos"

Wado foi muito feliz nas 10 faixas de seu mais novo álbum, Samba 808, mas esta é sem dúvida uma das melhores do ano. Com participação emocionada de Marcelo Camelo e Mallu, a canção nasceu pronta para fazer sucesso e para emocionar até o mais carrancudo dos homens.

05 - Marcelo Camelo - "Vermelho"

Uma balada delicada e emocionante, em que um dedicado Camelo se mostra otimista com os dias que estão por vir: “Já não tenho medo do mundo / Sou filho da eternidade”. O backing vocal de Mallu (sempre ela) no desfecho colabora com o clima permeado de boas sensações.

06 - Criolo - "Subirusdoistiozin" 

Uma base dançante se junta a uma letra direta sobre crianças que carregam rifles HK. Como se a faixa não fosse imagética o suficiente, o clipe ainda instiga mais interpretações sobre a vida e seus possíveis rumos, como alerta a introdução falada da música.

07 - Mallu - "Sambinha Bom"

Bossinha singela de cadência arrastada para tocar na caixinha de fósforo. Entre o doce sotaque meio paulistano, meio carioca de Mallu, há dedilhados, sopros e tilintares deliciosamente preguiçosos e ensolarados. “É só tocar, que você logo quer cantar”, ela entoa. Com razão.

08 - Erasmo Carlos - "Roupa Suja"

Usando um rock básico sem muita enrolação, Erasmo lamenta o fim de um amor, com uma certa amargura. E realmente parte para a lavação de roupa suja, mandando a ex-amante não procurá-lo mais e ver se ele está na esquina.

09 - Agridoce - "Dançando"

Pitty mostra o lado folk na primeira música de trabalho do projeto que mantém ao lado de Martin Mendonça. Ela toca piano e, misturando angústias a uma pitada de otimismo, canta tranquilamente, nos oferecendo um lado menos explorado de seu timbre de voz.

10 - Felipe Catto - "Adoração"

A pseudomodernidade passa longe de Filipe Catto. Assim, como o resto do seu disco de estreia, “Adoração” parece ter sido concebida em algum ponto do final da década de 70 – e isso não é demérito. A voz do gaúcho paira sobre essa MPB à antiga com toques de blues.

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