MELHORES DE 2011: DISCOS NACIONAIS
A revista especializada em música Rolling Stone elege no Brasil os melhores discos nacionais. Polêmica e inusitada Veja os 10 mais:
01 - Criolo - Nó na Orelha
Criolo conseguiu dar destaque ao rap brasileiro sem fazer um disco de rap (pelo menos no sentido mais estrito do gênero). Pode parecer um paradoxo, mas esse é um dos muitos méritos de Nó na Orelha. O quase trip-hop “Não Existe Amor em SP” soa perfeitamente alocado ao lado do afrobeat “Bogotá”, que não causa estranheza alguma se tocado logo depois do neobrega “Freguês da Meia Noite”. Aqui, em seu segundo álbum, Criolo permite o raro uso não equivocado de um clichê: é um verdadeiro “artista completo”.
02 - Emicida - Doozicabraba e a Revolução Silenciosa
Este novo trabalho do batalhador Emicida representa um salto quantitativo para o rap nacional. Expoente da nova geração, ele foi a Nova York e carimbou uma produção em parceria com os tarimbados Beatnick e K-Saalam. As dez músicas mostram uma evolução na produção e um amadurecimento no discurso do rapper paulistano.
03 - Mallu - Pitanga
Não é à toa que o mais recente disco de Mallu se chama Pitanga. As canções dele também têm um gostinho nativo do Brasil, sem mais aquela tão característica influência da música norte-americana. Sim, há frases em inglês e batidas folk, mas agora elas são embaladas por letras recheadas de “morenos” e uma brasilidade de bossas e sambinhas.
04 - Kassin - Sonhando Devagar
Boa parte das músicas deste disco de Kassin saiu de sonhos. Então, ouvir Sonhando Devagar é como entrar na fértil mente musical desse que é um dos mais prolixos produtores da atualidade. Interessante mesmo é imaginar de que tipo de sonhos saíram músicas como “Calça de Ginástica” e “Potássio”.
05 - Chico Buarque - Chico
Após cinco anos longe dos estúdios, os velhos olhos azuis brasileiros voltaram. Contemporâneo, mas sempre fiel às tradições da MPB, Chico mostrou boa forma vocal, confiou novamente na elegância da produção de Luiz Cláudio Ramos e cantou os amores possíveis e impossíveis.
06 - Marcelo Camelo - Toque Dela
O primeiro álbum solo, nós (2008), é soturno, introspectivo, quase baixo-astral. Mas, com Toque Dela, Camelo exibe esforços de um compositor apaixonado e cheio de esperanças. Mais uma vez assessorado pelos músicos do Hurtmold, ele entregou um trabalho que transborda amor, criatividade e boas intenções.
07 - Boss in Drama - Pure Gold
Péricles Martins honra no Boss in Drama a tradição brasileira na música eletrônica. Nesta estreia, no entanto, o músico e produtor segue por um caminho próprio. Pure Gold, enquanto reunião de canções, não nega o nome: é ouro puro, altamente dançante, pop e cantarolável.
08 - Karina Buhr - Londe de Onde
Em seu mais novo álbum, Karina fez o diabo ao lado de bons músicos. O resultado é um CD sólido, denso, astuto. Destaques para a baladinha “Não Me Ame Tanto”, para a roqueira “Cada Palavra” e para a ensolarada (no ritmo) e mórbida (na letra) “Cadáver”.
09 - Autoramas - Música Crocante
Logo depois do acústico, o Autoramas pesou a mão na distorção para fazer Música Crocante, disco que serve para reafirmar o estilo da banda, agradar aos velhos fãs e ainda conquistar novos, por conta das parcerias latinas em “Verdugo” e “Máquina”.
10 - Fábio Góes - O Destino Vestido de Noiva
Determinado a mudar a fórmula usada em sua estreia, Sol no Escuro (2007), Fábio Góes acertou. O Destino Vestido de Noiva é recheado de nuances sonoras, ancoradas em uma produção arrojada, além de contar com a participação de Curumin e Luisa Maita.
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